Artistas
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Lasar Segal
Lasar Segall (Vilnius, Lituânia, 1889 – São Paulo, São Paulo, 1957). Pintor, gravador, escultor, desenhista. Destaca-se por passear por estilos de pintura distintos e por retratar o universo socioeconômico de pessoas menos favorecidas. De origem judaica, inicia os estudos de arte em 1905, na Lituânia. Muda-se para a Alemanha em 1906 e estuda na Escola de Artes Aplicadas e na Academia Imperial de Belas Artes, em Berlim, nas quais predominam tendências ligadas aos movimentos impressionista e pós-impressionista. Em 1910, passa a adotar tons mais claros, embora preserve a tendência ao monocromatismo, característica de sua produção, como em Leitura (1914). Revela admiração pela obra do francês Paul Cézanne (1839-1906), principalmente pelo aspecto construtivo da pincelada, como se pode observar em Violinista (1912). Amplia o contato com a pintura impressionista e realiza, em 1910, a primeira mostra individual na Galeria Gurlitt, em Dresden, na Alemanha. No final de 1912, vem ao Brasil e, no ano seguinte, expõe em São Paulo e Campinas. No mesmo ano, retorna à Europa. Inicialmente, realiza uma pintura de derivação impressionista, com influência de Cézanne e do holandês Jozef Israëls (1824-1911). Para a historiadora Claudia Valladão de Mattos, a partir de 1914, o artista revela interesse pelo expressionismo e busca uma nova linguagem pictórica e uma caracterização psicológica mais aguda para suas figuras. A pintura de Segall, sob o impacto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), reflete a preocupação com as injustiças sociais e o sofrimento humano. Seus quadros são estruturados por meio de planos construídos em diagonal e apresentam uma tendência à geometrização, com predomínio de formas triangulares. Segall utiliza cores escuras e contrastantes, como no quadro Aldeia russa (1912). Em 1918, viaja para Vilna, sua cidade natal, fato que marca sua obra, para reforçar a identificação com algumas questões judaicas que se tornam importantes para sua experiência artística. Retorna a Dresden ainda em 1918, onde funda o Dresdner Sezession Gruppe 1919, grupo que agrega artistas expressionistas da cidade. Substitui as cores mais vivas de seu primeiro momento expressionista por toneladas mais sóbrios, obtidas por meio de camadas sucessivas de tinta, em quadros como Kaddisch – Reza para os mortos (1918) e Os eternos caminhantes (1919). Em 1921, publica o álbum de litografias Bübüe e, em 1922, o de águas-fortes Erinnerung an Wilna 1917. Fixa residência em São Paulo em 1923. Na capital paulista, é destaque no cenário da arte moderna, considerado representante das vanguardas europeias e estabelece contato com os jovens modernistas. Nos primeiros trabalhos realizados no país, revela-se o deslumbramento pela luz e pelos núcleos tropicais. Sensibiliza-se não apenas com a paisagem, mas também com o ambiente artístico brasileiro: sua produção mantém diálogo com obras de Tarsila do Amaral (1886-1973) e de outros artistas locais. Nos quadros logo realizados após a chegada ao Brasil, a paleta do pintor se transforma. Os temas (mães negras, paisagens, favelas) são pintados em espaços abertos, com núcleos claros e luminosos. Realiza várias obras nas quais acentuam o drama dos marginalizados sociais. São esse período os quadros: Menino com lagartixas (1924) e Colina vermelha (1926). Em 1924, executa a decoração para o Baile Futurista do Automóvel Clube e para o Pavilhão Modernista de Olívia Guedes Penteado (1872-1934). Reside em Paris entre 1928 e 1932. Nessa época, produz obras com motivos brasileiros e utiliza temas recorrentes, como o da emigração. O colorido vibrante de suas telas dá lugar à luz mais pálida e mais suave. É um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (Spam), em 1932, da qual se torna diretor até 1935. A partir de 1935, pinta paisagens de Campos de Jordão com cromatismo muito refinado. Sua obra adquire aspecto de matéria densa, com uma cor muito peculiar. Os temas ligados a dramas humanos permaneceram em quadros de grandes dimensões, como Navio de emigrantes (1939/1940) e Guerra (1942). Na década de 1950, a produção do artista revela liberdade mais plástica, aproximando-se da abstração, como em Floresta crepuscular (1956). Nessa obra a natureza é uma inspiração para os suportes verticais, nos quais se estabelece um sutil estudo de luz e cor. Dez anos depois de sua morte, em 1967, a casa onde morava, na Vila Mariana, em São Paulo, é transformada no Museu Lasar Segall. Ao longo da carreira, dedica-se a várias técnicas de gravura. Os desenhos são importantes na produção do artista e, como na gravura, apresentam temas recorrentes, como o universo de desfavorecidos e marginalizados pela sociedade. O artista confere a suas figuras deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os oprimem, o que produz o clima de tristeza e abandono. O humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em toda a carreira de Lasar Segall. O artista aborda temas universais e a expressão com emoção, por meio da cor na pintura ou pelo jogo entre linha e vazio nas produções gráficas com uma cor muito peculiar. Os temas ligados a dramas humanos permaneceram em quadros de grandes dimensões, como Navio de emigrantes (1939/1940) e Guerra (1942). Na década de 1950, a produção do artista revela liberdade mais plástica, aproximando-se da abstração, como em Floresta crepuscular (1956). Nessa obra a natureza é uma inspiração para os suportes verticais, nos quais se estabelece um sutil estudo de luz e cor. Dez anos depois de sua morte, em 1967, a casa onde morava, na Vila Mariana, em São Paulo, é transformada no Museu Lasar Segall. Ao longo da carreira, dedica-se a várias técnicas de gravura. Os desenhos são importantes na produção do artista e, como na gravura, apresentam temas recorrentes, como o universo de desfavorecidos e marginalizados pela sociedade. O artista confere a suas figuras deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os oprimem, o que produz o clima de tristeza e abandono. O humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em toda a carreira de Lasar Segall. O artista aborda temas universais e a expressão com emoção, por meio da cor na pintura ou pelo jogo entre linha e vazio nas produções gráficas com uma cor muito peculiar. Os temas ligados a dramas humanos permaneceram em quadros de grandes dimensões, como Navio de emigrantes (1939/1940) e Guerra (1942). Na década de 1950, a produção do artista revela liberdade mais plástica, aproximando-se da abstração, como em Floresta crepuscular (1956). Nessa obra a natureza é uma inspiração para os suportes verticais, nos quais se estabelece um sutil estudo de luz e cor. Dez anos depois de sua morte, em 1967, a casa onde morava, na Vila Mariana, em São Paulo, é transformada no Museu Lasar Segall. Ao longo da carreira, dedica-se a várias técnicas de gravura. Os desenhos são importantes na produção do artista e, como na gravura, apresentam temas recorrentes, como o universo de desfavorecidos e marginalizados pela sociedade. O artista confere a suas figuras deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os oprimem, o que produz o clima de tristeza e abandono. O humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em toda a carreira de Lasar Segall. O artista aborda temas universais e a expressão com emoção, por meio da cor na pintura ou pelo jogo entre linha e vazio nas produções gráficas.
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